sábado, 3 de janeiro de 2015

Quanta Terra Grande Reserva Branco 2009: Branco duriense de peso!

Em degustação que participei no ano passado, em Campinas, encontrei com o Eng. Celso Pereira, produtor dos famosos (e excelentes) espumantes portugueses Vértice. Na ocasião, apreciei obviamente os espumantes e também os vinhos tintos da Quanta Terra, por ele produzidos. Gostei bastante. Mas ele, muito entusiasmado, disse-me que pelo jeito eu gostaria mesmo é de seu Grande Reserva Branco, que ele achava excelente. No entanto, ele disse que ninguém estava trazendo para o Brasil. Eu fiquei triste na hora, mas no dia seguinte saí à procura.
E não é que consegui duas garrafas do Quanta Terra Grande Reserva Branco 2009? Pois é... Deu trabalho, mas consegui. E nesse 02 de janeiro abri a primeira garrafa, para acompanhar um Penne à Mediterrâneo feito pela patroa. É um prato que pede um branco de corpo, pois o Bacalhau lhe dá peso, junto com os pimentões. Mas ele foi atropelado pelo vinho! Ao retirar a rolha  de boa qualidade, grande e bem justa, vi que é vinho feito para ser guardado. A garrafa também é bem bonita, grande, espessa e escura, mostrando cuidado do produtor com seu branco top. E logo ao vertê-lo na taça vi que se tratava de branco encorpado, cheio de estrutura. Sua cor era belíssima, amarelo ouro, brilhante. Ao nariz mostrou-se imponente, aromático, com notas florais, abacaxi em compota, damasco, nozes, baunilha e um fundinho de brioche. A madeira dá o ar da graça, resultado dos 14 meses maturando em barricas novas de carvalho francês. Mas nada que incomodasse. Em boca mostrou-se potente, muito estruturado, com acidez vibrante e um toque apimentado que permanecia na boca por um tempo. Nos aromas, lembrava um Esporão Garrafeira, mas em boca era mais nervoso, mais vibrante. E esse toque picante lhe dava um charme especial. Deve acompanhar fácil pratos mais apimentados. Vou testar. Gostei bastante do vinho. O Sr. Celso tem razão: É muito bom! Ah, é feito com Gouveio e Viosinho. É vinho para aguentar ainda um tempo. A outra garrafa vai descansar mais uns outonos na minha adega.

Ps. Veja aqui a postagem sobre seu irmão tinto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário