domingo, 2 de julho de 2017

Super noite com Mouchão Tonel 3-4 2008, Protos Gran Reserva 2004, Xisto Cru branco 2013, Brunello Mastrojanni 2010 e outros vinhões


Grande noite na confraria! Só vinhões! Vejam os danados:

Mouchão Tonel 3-4 2008: Grande vinho levado pelo Paulinho, o Rei dos Portugueses! Aliás, grande é pouco... Vinho sério, com aromas de amoras, ameixas pretas, fumo de corda e balsâmicos. Em boca, repete o nariz e mostra grande complexidade, concentração, acidez correta, taninos redondos e final interminável, com toques de tabaco e alcaçuz. Deixa lembranças! Vinho enorme! Especialíssimo! Para beber tranquilo, sem pressa. 

Outro grande vinho: Protos Gran Reserva 2004! Levado pelo Tonzinho. Vinho riquíssimo, de grande safra. Aromas florais, cereja, café com leite e especiarias. Em boca, rico, elegante, fresco e com final longo e especiado. Taninos já arredondados como tempo. Ainda teria belos anos pela frente, mas esta garrafa, já foi! E agradou, sem dúvida!

Um painel com os vinhões. Champagne Perrier Jouet Blason Rosé, levado por este que vos escreve. Delicioso! Fresco, boa fruta, cremoso e com notas de panificação. Perfeito para iniciar a noite. 
Xisto Cru Douro 2013. Novidade levada pelo JP. Infelizmente, não encontrado no Brasil (que eu saiba). Tem também um irmão tinto. Não tem relação com o Xisto, da Roquette e Cazes, ou o Quinta do Monte Xisto. É um projeto pessoal de Luis Seabra, ex-enólogo da Niepoort. O vinho é feito com uvas autóctones portuguesas, como a Rabigato, Gouveio, Viosinho e outras. Cor linda, palha, brilhante, e aromas florais, cítricos, pera, amendoados e minerais. Muito rico! Em boca, ótimo frescor, mineralidade e cremosidade. Muito elegante e refinado, sem exageros. Dá para matar uma garrafa fácil, sem problemas. Vinhão!
O Rodrigo levou um excelente Brunello di Montalcino Mastrojanni 2010. Vinho de grande safra e considerado por alguns críticos, um dos melhores dela. Novo ainda, mas já apreciável e surpreendentemente, macio. Notas de cerejas e framboesas, em meio a tabaco e alcaçuz. Em boca, frescor e taninos presentes, como esperado. Uma beleza de vinho, que deve ganhar muito com alguns anos de adega. Mas já está bebível.
E voltando aos brancos, o Campolargo branco 2009 levado pelo Paolão estava um monstro! Os anos tem-lhe feito muito bem. Como os vinhos feitos com a Cerceal envelhecem bem! O vinho está riquíssimo, mineral (lembrando grandes Riesling), floral, notas herbáceas e cítricas. Uma beleza, com ótimo frescor e persistência. Bairradino de primeira! Nível de Buçaco.
O Joãozinho levou um ótimo Palácio da Bacalhoa 2009. Um dos melhores da linha que bebi. O Palácio é um dos vinhos portugueses que, para mim, remetem muito a ótimos Bordeaux. Corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot. Vinho classudo, com fruta na medida e notas apimentadas e de chocolate amargo. Muito elegante e com grande potencial de envelhecimento. Vinhão! 
Ainda no painel, um Tokaji Derezla 5 Puttonyos 2003, que não me lembro quem levou. Delícia de vinho de sobremesa! Notas de damasco, mel e gengibre Acidez equilibrando o dulçor. Uma beleza!


A turma reunida! Ah, e a foto inclui ainda um Chateauneuf du Pape Cuvée de L'Hospice 2013, acho que levado pelo Caião (que comprou uma caixa dele...rs). É feito pela Oggier, com uvas doadas por produtores da região. Sua produção tem fins filantrópicos. Bom Chateauneuf, que bebemos outras vezes. Frutas silvestres, confitura e toques de baunilha e couro. Está novo ainda. Os taninos ainda pegam. Mas mostra potencial.
Grande noite!!!


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