sexta-feira, 4 de março de 2016

Aniversário de 15 anos do Spazio 203: Destaque para sulamericanos com mais de 10 anos

Nesse sábado o Spazio 203 comemorou 15 anos na cidade de São Carlos, com boa comida e bons vinhos. De entrada, bons espumantes, com destaque para o Estrelas do Brasil Brut 2006, que não canso de beber. Muito bom! Bom também um Jerez Hidalgo Fino, seco, com aqueles toques oxidados e acidez salivante. Perfeito com azeitonas. 
Nos tintos, dentre os vinhos de várias nacionalidades, meu destaque foram para chilenos e um argentino com bom tempo de garrafa. O melhor de todos, para mim, foi o Pargua Cabernet Sauvignon 2004. Orgânico, com 12 anos e muita força, austero, certa rusticidade bem vinda, toques terrosos e ótimo final. Acho que era ainda obra de Alvaro Spinoza. Muito bom! Vejam que diferente o rótulo do atual.
No mesmo balde, um Quinta Generación 2000, da Casa Silva.  Vinho com dezesseis anos e inteiríssimo! Tudo muito bem integrado. No entanto, nele a pimentinha chilena já era mais aparente. Mas domada. Um degrau abaixo do Pargua, mas também bom. Alí do lado, um Erasmo 2004, inteirão, com jeitão de bordeaux e acidez italiana. Bão tamém! Mas abaixo dos outros dois. E para fechar o balde, um Carpe Diem Reserva Syrah 2004, com ótimo corpo e mineralidade. Gostei também. 
Para fechar, dois argentinos. O primeiro foi um Don Nicanor Blend 2004, muito macio e com toque licoroso, de ameixa em calda e côco queimado. Só um pouquinho alcoólico para meu paladar. O segundo, uma raridade: Gran Terrazas Cabernet Sauvignon 1999! Esse é para quem conhece o produtor há um tempinho... A linha Gran Terrazas parou de ser produzida há um bom tempo, que eu saiba. E esse acho que é o primeiro rótulo. Depois mudou para um que lembra o Reserva atual e sumiu. Um Cabernet argentino de 17 anos e em plena forma! Ainda com boa fruta, mas dando lugar a aromas mais sérios. Notas terrosas e de couro em meio a pimenta e fumo de corda. Em boca mostrava ótima pegada e um final picante. Um belo exemplar argentino, muito difícil de ser encontrado. Só mesmo nas degustações do Paulo Piccolli, que abre os vinhos de sua adega particular. Essa foi para mostrar a longevidade de vinhos chilenos e argentinos, quando bem acondicionados. Teve mais vinhos, claro, mas esses foram meus destaques.
Isso aí!

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