sábado, 4 de julho de 2015

Chi-Chi-Chi--Le-Le-Le: Viva Chile! Bons vinhos apreciados no país campeão da Copa América

Em plena Copa América estávamos na região central do Chile, mais especificamente, em Talca, capital do Maule. Obviamente, nos intervalos das atividades laborais, sobrava sempre um tempinho para apreciar a comida e os vinhos chilenos, claro. O clima era de festa e parece que os chilenos já previam que ganharíam o campeonato. Sentia-se isso por todos os lados. Eu não bebi vinhos tops. Isso porque já conheço muitos deles e principalmente, porque são muito caros em seu país. É só comparar para ver que paga-se mais caro lá que os preços altos que pagamos aqui. Eu fico então nos vinhos base e quando dá, tento conhecer coisas novas. Para acompanhar o almoço no ótimo restaurante de Miguel Torres, em Curicó, a alguns minutos de Talca, elegemos um Cordillera Cabernet Sauvignon 2010, que estava muito fresco e tinha ótima intensidade. Aliás, eu gostei dos vinhos chilenos de 2010, que mostraram frescor e sem exagero de madeira. Esse Cordilleira veio em minha mala por bons 40 Reais. O vinho foi servido de maneira corretíssima e acompanhou muito bem a costela assada com primor. Aliás, quem passar na região tem que visitar o restaurante. O lugar é bonito, agradável, o serviço impecável e a comida ótima. 

O casal Alleydis e Ariel, queridos amigos, e o amigo Anderson, fazendo companhia no Miguel Torres

No restaurante do hotel arriscamos um vinho de San Clemente, alí pertinho de Talca, em direção aos Andes. Era um Sello de Raza Gran Reserva Carmenére 2013, da vinícola Corral Victoria. E este não agradou. Era muito potente e tinha muita madeira! Os 14 meses em barricas novas deixaram marcas. Suplantava tudo, até mesmo aquele herbáceo típico da Carmenére. Era novo, e talvez o tempo lhe ajude, mas agora, era como mastigar uma lasca madeira recém cortada. Não dá!
E no dia em que o Chile ganhou do Uruguai (com direito à polêmica e tudo mais), mandamos ver em 3 botellas de um mesmo produtor, que me agradou bastante. E vi que podem ser encontrados no Brasil. 
O primeiro era um Hugo Casanova Antaño Carmenére 2012, o segundo um Hugo Casanova Antaño Cabernet Sauvignon 2013 e o último um Hugo Casanova Antaño Merlot 2013. Todos vinhos muito corretos e macios. A qualidade aumentou na sequência. Nenhum deles tinha superextração e o Carmenére não tinha aquele exagero herbáceo tão comum, mostrando boa fruta e taninos muito redondos. O Cabernet Sauvignon estava ainda melhor, com mais presença, e também muito macio. O melhor deles era o Merlot, que mostrava fruta em meio a um toque mineral, de couro e um fundinho de pimenta-do-reino que em vez de incomodar, dava um charme ao conjunto. Não estou falando de vinhos grandiosos. Estou falando de vinhos corretos, sem exageros de madeira e álcool, e que têm preço justo. Eu fiquei atraído a conhecer os melhores da casa. No Brasil são encontrados na Vinho Site, de BH. 
Isso aí!

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