segunda-feira, 13 de julho de 2015

Brancaia TRE 2011, Undurraga Founder's Collection Cabernet Sauvignon 2009 e Mas Oller Pur 2010

O Brancaia TRE 2011 é um toscano feito com Sangiovese (majoritária), Merlot e Cabernet Sauvignon. Por ser feito com as 3 uvas, e de 3 locais diferentes, recebe o nome "Tre". Tempos atrás bebemos várias garrafas do 2007, que foi número 10 dos top 100 da WS em 2009. E na verdade, apesar de bom, não era para tanto. E este 2011 recentemente faturou 95 pontos e muitos elogios da revista Decanter. Outro exagero. Às cegas, nem arrisquei chutar do que se tratava. É um vinho menos extraído que seu irmão de 2007, o que achei legal. Tem aromas de cereja, chocolate amargo e herbáceos. Em boca é mais seco que seu irmão de 2007, tem boa acidez, taninos secos e final herbáceo. Confesso que o herbáceo dele me incomodou um pouco, mas nada que o condenasse. Não é um vinho para beber solo, e sim, com boa comida. Tem aptidão gastronômica. Agora, 95 pontos? Nem pensar! Só se beberam enganados o seu irmão Il Blu...rs. 
O vizinho dele, à direita, também servido às cegas, denunciou sua origem chilena, mas de forma discreta. Nada de exageros de pimentão, goiaba, eucalipto ou algo similar. Na verdade, tinha uns aromas de ameixa, chocolate e café que lembravam um Syrah. Mas tinha algo mais. Chutei ser um corte. Mas depois foi revelado que era um Undurraga Founder's Collection Cabernet Sauvignon 2009. Cabernet chileno diferente, com aromas elegantes, corpo médio e boca aveludada. Um pouco maduro, mas gostei dele. O engraçado é que depois vi um comentário de um outro apreciador que fazia a mesma pergunta: "Seria um Syrah?". 
E fechando a foto, o terceiro vinho, também servido às cegas pelo Carlão. Aqui não deu para chutar nada. Tinha aromas um pouco estranhos, de extrato de tomate, daqueles de lata, que depois de bastante tempo em decanter foram amansando, mas não sumiram. Fruta nega, toques vegetais e animais completavam o conjunto. Era um Mas Oller Pur Empordà 2010, da região nordeste da Espanha, já quase na divisa com o sul da França. É feito com Syrah, Garnacha e Cabernet Sauvignon. O Akira achou que estava com algum defeito. Eu já não sei. Precisaria apreciar outra garrafa para ver se difere desta. Lembrei de uma tirinha do Millôr Fernandes, na qual um cidadão dizia "Nós que nunca vivemos em uma democracia, e se for isso mesmo???". Ou seja, e se o vinho for assim mesmo? O fato é que andou sendo elogiado por aí... Esta garrafa, não fez sucesso.

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