quarta-feira, 2 de julho de 2014

Bela noite com Cenit 2005, Flor de Pingus 2008, Seña 2006, Quelén 2009 e um Chateau Cantegril 2002 para arrematar!


Tempos atrás nos reunimos em casa para beber belos vinhos. Muitos da turma estavam viajando, e outros, ainda não faziam parte dela.
Recebi os amigos com uma taça de Casa Valduga 130, que ainda não conhecia. É um espumante feito com Chardonnay e Pinot Noir, pelo método Champenoise, ficando 36 meses em autólise de leveduras. Possui uma cor amarelo claro, dourada, e borbulhas finas. Ao nariz, aromas de nêspera, maçã gold, frutas secas e panificação. Em boca, é leve, amendoado e cremoso. Um espumante elegante e muito bem feito.
Depois partimos para os tintos. Foram 4 garrafas de grandes vinhos.
O primeiro dele, ofertado por este que vos escreve, foi um Cenit 2005. O vinho é feito pela vinícola Viñas del Cenit, que fica localizada no vilarejo de Villanueva de Campeán,  na região de Toro, na margem esquerda do Rio Duero, abaixo de Zamora. Embora muito próximo, e até se confunda com Toro, a Denominação de Origem é Tierra del Vino de Zamora. Este Cenit é um vinho top da vinícola, tendo acima dele apenas o Cenit VDC, com rótulo dourado. Ele é feito com Tempranillo 100% de vinhedos com mais de cem anos e passa 19 meses em barricas de carvalho francês. Traz muito das características dos vinhos de Toro. Sua cor é escura e é bastante denso. Mostra notas de cerejas pretas, ameixas, café e alcaçuz, em meio a um tostado bem gostoso. Em boca repete o nariz, é denso e com taninos firmes. O final é longo e levemente tostado. Um vinhão!
E à direita do Cenit, um primo seu, também espanhol, mas de Ribera del Duero, o Flor de Pingus 2008. Este vinho foi levado pelo Rodrigo e é obra de Peter Sisseck. É feito com Tempranillo de vinhedos antigos e passa 14 meses maturando em barricas novas e usadas de carvalho francês. É outro vinho denso, carnudo, cheio de camadas. Mostra notas de ameixa, balsâmicas, café e chocolate amargo. É muito rico, tanto ao nariz como em boca. Os taninos são maduros e o final muito longo. Grande vinho! Já havíamos apreciado um desta mesma safra no final de 2011, quando ainda era um bebê (clique aqui). Agora está mais aberto, mas ainda mostra juventude e grande potencial de guarda.
O JP levou outro vinhaço, o Seña 2006. Este mesmo já pintou aqui no blog há um bom tempo atrás (clique aqui). Este vinho dispensa apresentações. É um vinho top chileno, que costuma bater alguns famosões de Bordeaux em degustações às cegas. O 2006 foi feito com Cabernet Sauvignon, Carmenére, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot. Possui aromas de amoras, pimenta do reino e cacau. Em boca ainda mostra juventude, com taninos firmes e final muito longo. Ainda com longa vida pela frente. Eu acho o Seña um dos melhores e mais longevos vinhos chilenos. Vinhaço, JP!
O Caião levou um Quelén 2009, da Perez Cruz. Este vinho também já deu o ar da graça aqui no blog (clique aqui). Assim, não vou gastar muitas linhas com ele. Particularmente, gostei mais de seu irmão de 2008. Este 2009, apesar de bom, mostra muita goiaba. Talvez o tempo dê uma amenizada nesta característica. É um vinho que tem estrutura para guarda. Quem tiver um destes, espere um tempo se quiser um vinho com menos goiaba saliente.
E para finalizar, abri um Sauternes, que ninguém é de ferro...rs. Era um Chateau Cantegril 2002. Vinho feito com Semillon e Sauvignon Blanc, sob a batuta do craque Denis Dubordieu. É um vinho com notas de damasco, gengibre e um fundinho de mel muito gostoso. Em boca, a boa acidez compensa o dulçor, tornando o vinho muito agradável e perfeito para uma sobremesa. Os 12 anos lhe fizeram bem.
Isso aí, pessoal! Grandes amigos e grandes vinhos!


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