sábado, 4 de janeiro de 2014

Fulvia Pinot Noir Garagem 2012: O que achei do mais novo Pinot Noir do Atelier Tormentas

Os vinhos do Atelier Tormentas já apareceram várias vezes aqui no blog. O Pinot Noir, em particular, sempre faz sucesso em nossa confraria. Há pouco mais de um mês, recebi minha compra en primeur de 2012. E nela, veio o Fulvia Pinot Noir Garagem 2012. Estava um pouco apreensivo para abrí-lo, pela idade, mas mandei ver (ainda em 2013). Como diferenças em relação aos seus predecessores, de 2009 e 2011, a garrafa mais "feínha" (mas o rótulo é bonito) e o álcool mais alto, o que se mostrou ao nariz (pelo menos no começo). O senti fechado também, e meio reticente em se mostrar. Mesmo decantando, dando aquela agitada para aerar, o vinho resistia. Só depois de um bom tempo começou a se abrir. Aí, mostrou notas de frutas silvestres, minerais e cítricas. Em boca, tinha boa acidez, mineralidade e taninos firmes. O lado cítrico também estava lá. Comparando com os seus antecessores é, para mim, o mais nervoso e austero. Claramente, precisa de um bom tempo em adega. Acho que pelo menos 2-3 anos. Agora, tá pegado e qualquer impressão pode ser precipitada. Se é bom? Sim! Mas vamos dar-lhe tempo! Vou guardar as outras garrafas na adega. 
Até o momento, o meu eleito entre os Fulvia PN ainda é o 2009.

4 comentários:

  1. Flavio, meu caro, ainda não provei os famosos vinhos de Marco Danielle. Vi críticas muito favoráveis como as suas; sabendo, contudo, de alguns que não os deram tanta pompa, em especial pelo preço cobrado.

    Sei que é difícil (ou quase impossível) comparar. Mas, em termos de pinot noir, a qual borgonhês você o compara (ou, até mesmo, o equipara)? Algum premier cru ou grand cru famoso de algum produtor não menos importante?

    Tenho essa curiosidade.

    Abs.,

    Roberto.

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    1. Caro Roberto,
      Você precisa experimentar os Tormentas. Quanto ao preço, eu sempre os compro en primeur, o que deixa os preços mais acessíveis.
      Realmente é difícil comparar o Fulvia PN com um borgonhês. Eu nunca fiz uma degustação com eles em paralelo. Vi na internet algumas degustações com inclusão do Fulvia em meio a grandes borgonhas, e com bons resultados para o primeiro. Mas é difícil falar. O que posso dizer é que o vinho foge ao padrão sulamericano e pende muito mais para a borgonha. Dessa última vez que o bebi, foi no dia seguinte de ter bebido um belo PN do Oregon, que para o meu gosto, estava superior (apesar de ser 2 aninhos mais velho, ou menos novo...rs). Esse Fulvia 2012 está muito novo e certamente ganhará com o tempo. Quero bebê-lo daqui a uns 2 anos pelo menos.
      Grande abraço,
      Flavio

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  2. Sinceramente achei o 2012 desequilibrado, até na madeira. O produtor fala em 5 anos de guarda mínima. Esperemos.

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    1. Oi Figueiredo,
      Obrigado pelo comentário. Seja sempre bem-vindo aqui no blog.
      Concordo com você! Talvez o tempo lhe faça bem. Vamos esperar. Eu ainda fico com o 2009.
      Abraços,
      Flavio

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