segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Meu vinhão do dia dos pais: IL Bosco Syrah 2004 - Belíssimo exemplar Italiano!

Minha digníssima sempre me presenteia com vinhos. E raramente erra. Ontem, no dia dos pais, abri um que ela havia me dado como presente do dia dos pais anos atrás. Era um IL Bosco Syrah 2004, da Tenimenti Luigi D'Alessandro, Cortona, Itália. Já postei aqui sobre um vinho grandioso dessa vinícola, o Migliara 2006 (clique aqui), que fica hierarquicamente acima do IL Bosco. Mas esse IL Bosco não fica nem um pouquinho atrás, e é considerado por muitos, o melhor Syrah italiano. Jancis Robinson o considera um dos melhores Syrahs de clima quente do mundo. A Wine Spectator é só elogios ao vinho. Para o 1997 pergunta: "Why buy Guigal anymore"? Para o 2007 cita: "Says Côte-Rotie in Italian". Para o 2003 menciona "like a great Hermitage" e para esse 2004: "Delicious". E aí vai... E o interessante é que ele não vai ao encontro de Syrahs amados pela revista, como os australianos. E pelo menos para esse 2004, tenho que concordar com as avaliações da revista. Mas vamos ao vinho. Ele é feito com uvas de vinhedos selecionados da vinícola, com rendimento de apenas 800 g de uva por planta. Parte do vinho matura em barricas e parte em "botti", por 18-20 meses. É um vinho aromático, mas sem exageros. Aliás, finesse é seu ponto forte. Nada de tostadão, excesso de extração e fruta madurona. O vinho tem notas de amoras silvestres, florais, alcaçuz, pimenta-do-reino, carne e chocolate. Tudo na medida certa. Em boca é mineral, mostra uma acidez belíssima e taninos muito sedosos. O final é muito longo. É um vinho com uma clareza incrível. Uma maravilha! É caro? Sim. Mas oferece muito. E como citou recentemente meu amigo Vitor, do Louco por Vinhos, tem gente pagando mais de 300tão por chilenos pelo rótulo, e que não oferecem tanto. Mas se você gosta mesmo é do Syrazão novo mundo, cheio de fruta madura, muita extração, tostado e tudo no superlativo, não é o seu vinho. Aqui o negócio é clareza, mineralidade e frescor. Vinho mais que recomendado. E apesar de eu ter adorado o seu irmão Migliara, eu pago menos um pouco, fico com o IL Bosco e guardo o troco para pagar uma bela carne para acompanhá-lo. A propósito, os vinhos da Tenimenti Luigi D'Alessandro são importados pela Mistral.

Ps. Minha digníssima também gostou muito do vinho. Ao beber soltou a frase: "Noooossa, esse é bom!". 

2 comentários:

  1. Flávio, se vc me pedisse pra relacionar, dentre os vinhos a alcance dos mortais, aqueles que me arrependo de nunca ter comprado uma garrafa, certamente pensaria nesse Syrahzão. Nunca, nunca li ou ouvi qualquer senão sobre ele. Todo mundo repete o elogio da sua patroa.
    Pra mim, é absolutamente indispensável na carreira dos apaixonados por vinhos. Seu post me fez decidir: vou comprar, mesmo pagando preço Brasil.
    Abs.

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    1. Oi Vitor,
      Vale muito a pena esse Syrahzão! Rapaz, é muito bom! E olha que a patroa está enjoada... Costuma torcer o nariz prá muito vinho...rs. Prá esse, foi só elogios. Eu deixei uma taça para o Maitre do restaurante e quero ouvir logo a opinião dele. Sem dúvida é daqueles indispensáveis na carreira dos apaixonados por vinhos. E prá gente, fã de italianos, é ainda mais. Ah, acho que esqueci de mencionar que ele aguentaria uns bons anos na adega. Do jeito que você gosta! Vai fundo, que vai gostar. Acho que no site da Mistral apenas o 2008 está disponível. Mas no catálogo tem uma bela vertical, do 06 até o 09. Tem que ligar lá perguntando.
      Abraços,
      Flavio

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