quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um Capellania 2003 abre as honras para um Alión 2004: Que beleza!

JP e eu fomos jantar com o Fernandinho, que estava meio carente (rs) e resolvemos levar espanhóis, já que ele gosta. Bem, nós também...rs. O JP levou o riojano Capellania Reserva 2003, branco da Marques de Murrieta. Já postei aqui sobre o 2006. É um vinho muito bom, feito com 100% Viura. Ele passa 18 meses em barricas de carvalho americano e francês, de 225 litros. Deve ser consumido em temperaturas mais altas que o usual para brancos. O recomendado é 14-15 graus. Também é indicada a decantação por cerca de 30 minutos. Quem está acostumado com brancos mais comuns deve estranhar essas recomendações, mas é assim que se obtém o melhor desses brancos. 
Ao verter na taça, o vinho mostrou aqueles toques amendoados típicos de espanhóis feitos com a Viura e com uma certa idade. Ao tomar os primeiros goles, até pensei que já estivesse ficando cansado, mas nada... Com o tempo foi abrindo novos aromas, cítricos, de mexerica e alguns florais. Isso se repetia em boca, onde mostrava-se muito sedoso. Uma delícia de vinho, que combinou perfeitamente com o Congrio Dourado ao molho de camarões que o o Fernandinho nos ofertou. 
Bem, e isso foi a introdução para um outro espanhol, agora um tinto com o carimbo da grande Vega Sicilia. Este Alión 2004, levado por esse que vos escreve, estava de se tirar o chapéu. O vinho é feito com 100% Tempranillo de vinhedos com cerca de 30 anos de idade. Após a fermentação, em tanques de inox, finalizada em 2005, o vinho passou 15 meses em barricas novas de carvalho francês. Depois disso, foi engarrafado e ficou descansando até sua liberação para comércio em 2008. Ao nariz, mostra notas de cereja preta, balsâmicas, especiarias, tabaco e minerais. Com o tempo, foram se apresentado notas florais muito gostosas, que me impressionaram. O vinho era perfumado, que indicava seu frescor já ao nariz. Em boca, repetia o nariz e apesar de intenso, mostrava um frescor impressionante aportado pela acidez perfeita. Os taninos já estão redondos e o final era longo, longo. É daqueles que quando acaba a gente fica triste. Eu havia apreciado um desses uns 3 anos atrás, mas na época, estava ainda nervoso. Agora, está uma beleza! E ainda teria uns bons anos pela frente. Mas esse já foi...rs.
Que noite! Ao despedir, senti nos olhos do Fernandinho que a carência tinha ido embora, e que ficava apenas a lembrança de um belo jantar entre amigos, mais uma vez escoltado por belíssimos vinhos.

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