quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Five Elements Pinot Noir 2001: Americano orgânico e biodinâmico!

Vai aí uma postagem para poucos acessos, seguindo o raciocínio bem coerente do amigo Vitor, do Louco por Vinhos. Descobertas e/ou vinhos raros não dão tanta audiência quanto vinhos comerciais. Nem o preço (e tampouco a categoria) do vinho garantem visitas. Eu também tenho feito essas constatações. A "coitada" da recente  postagem sobre os 3 Syrazões só despertou a curiosidade dos meus leitores fiéis e dos dez moleques que eu pago para ficar clicando no meu blog diariamente...(rs... brincadeira, hein!). 
Bem, mas para aqueles que gostam de boas descobertas, vamos lá para esse vinho americano...
O Oregon é reconhecidamente o local onde são produzidos alguns dos melhores Pinot Noir norteamericanos. A vinícola Cooper Mountain vendia uvas para principais vinícolas do Oregon desde o final da década de 70. Só em 1987 lançou o seu primeiro vinho. Atualmente, possui mais de 100 acres plantados, de cultivo orgânico e biodinâmico, buscando vinhos autênticos. As uvas são fermentadas pelas próprias leveduras que com ela convivem (quer chamar de indígena? Chame), mínima adição de sulfito e, quando utilizadas, as barricas de carvalho francês não são novas. 
Esse Five Elements Pinot Noir 2001 parece que nem está mais no portfólio da vinícola. Eu tinha lá minhas dúvidas quanto à sua integridade, considerando já ter bons 11 anos. Mas que boa surpresa. Estava inteiraço! A cor, como mostra a figura abaixo, denunciou um pouco sua idade. O halo de evolução já era bem evidente. No entanto, o vinho estava perfeito, tanto ao nariz, quanto em boca. É um Pinot de estilo leve e com bons 12,5% de álcool (Isso sim!). Ao nariz, notas de frutas silvestres, sous bois, minerais e especiarias. Em boca é leve, seco, equilibrado e com notas terrosas em meio às frutas silvestres. Uma delícia! Do jeito que eu gosto. Nada de muita extração e doçura excessiva. Um achado! Para tirar o preconceito contra vinhos americanos. Aliás, duvido que alguém bebesse às cegas e não afirmasse se tratar de um bom borgonha.

4 comentários:

  1. Flávio, então venho prestigiar a descoberta, rs.
    E li, é claro, o post sobre os Syrahs. Conta meu acesso aí!
    A descrição desse PN dá água na boca. Um Borgonha feito nos EUA, quem diria?!
    Pelo site do produtor, a gente vê que ele faz venda direta. Tem um amigo que deve viajar no próximo mês, vou tentar uma encomenda do Mountain Terroir, que, pelo jeito, é o atual top.
    Valeu!

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    1. Oi Vitor!
      Acesso registrado!!! rsrs... Mas você já tem carteirinha de sócio fundador...rs.
      Rapaz, o Pinot estava muito bom. Também acho que o Mountain Terroir deve ser especial. Tomara que seu amigo consiga te trazer uma(s) garrafa(s) do danado. E vou ficar aguardando a postagem para saber suas impressões sobre ele.
      Abração!
      Flavio
      ps. Na postagem do Beringer o Eugênio sugeriu alguns Pinots americanos que podem ser achados em algumas lojas conhecidas nos EUA. Talvez você pudesse tentar esses também.

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  2. Flavio onde você comprou esse vinho? Qual o preço? Esse me interessa MUITO... Ao Vitor digo que se achar qualquer um dos pinots que indiquei pode comprar sem pensar e se por acaso ele não gostar de algum dos que indiquei eu compro TODOS dele. Para mim pinot fora da França que mais se aproxima da origem era Nova Zelândia, hoje é Oregon/EUA sem sombra de dúvidas.

    Abraço,

    Eugênio

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    1. Rapaz, achei em uma loja aqui que estava com um monte de coisas antigas. Acho que custava 125 pilas, mas como comprei outras garrafas, peguei 40% de desconto! Uma barbada! Vou ver se eles tem mais garrafas. Eu pedi para que um aluno meu me traga algum daqueles que você indicou dos EUA. Acho que o Vitor pedirá para o amigo dele também. Valeu as dicas!
      Abraços,
      Flavio

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