quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Apreciando vinhos e boa comida no Bourbon Atibaia: Destaque absoluto para o Barmès Buecher Leimenthal Riesling 2005!

Levei a família para descansar uns dias no Resort Bourbon, em Atibaia. O local é bem legal e possui uma adega muito boa, com ótimos vinhos, bem acomodados e com preços muito justos (alguns idênticos aos praticados pelas importadoras). Dá até para encontrar vinhos mais evoluídos, o que vale a pena. Interessantes também são os eventos promovidos pelo Hotel. Nesse final de semana tinha um Wine Encontro seguido de um jantar harmonizado, preparado pelo Chef Jérôme Dardillac. Vale destacar também a atenção do Henrique e do Robson na Wine Cave - Sempre educados e atenciosos com todos. A apreciação dos vinhos foi conduzida pelo sommelier da Casa Flora, Fernando Gurgel. Eram vinhos orgânicos e biodinâmicos, da Finca los Alijares, da região de Toledo, Espanha, e Barmès Buecher, da Alsácia, e um espumante de Filipa Pato. Vamos aos vinhos apreciados:

Felipa Pato 3B Rosé Brut: Feito com Baga (75%) e Bical (25%), da Bairrada (daí os 3Bs). Segundo a ficha técnica, a Baga passa 9 meses em barricas de carvalho usadas, enquanto para a Bical é utilizado o inox. Bom vinho, fresco, com boa cremosidade, notas de morango e panificação.

Barmès Buecher Leimenthal Riesling 2005: 100% Riesling do vinhedo Leimenthal. O destaque no evento, sem dúvida alguma. Vinho amarelo claro, com notas florais, de damasco, mel, nozes e cítricas. Muito rico, com ótima acidez e mineralidade. Uma delícia! Os vinhos deste produtor biodinâmico já me haviam sido recomendados pelo amigo Eugênio, do Decantando a Vida, mas só agora tive a oportunidade de experimentar. E assim como o Eugênio, recomendo! Pode ser encontrado na Casa Flora e Winestore.

Finca los Alijares Graciano 2008: Vinho orgânico, 100% Graciano e que passa 3 meses em madeira. Notas florais, de frutas negras e bom corpo. A boa acidez pede uma carne gordurosa. Um bom custo benefício (~50 reais).

Crémant D'Alsace Barmès Buecher Brut: Espumante feito com  42% Auxerrois (aparentada da Chardonnay), 36% Pinot Gris, 13% Chardonnay, 8% Pinot Blanc e 1% Pinot Noir, pelo método champenoise. Muito aromático, com notas cítricas, amendoadas e de damasco. Tem um leve açúcar residual que não incomoda. Aposta certa para brindes e também para acompanhar entradas e coquetéis. Bem gostoso.

Finca los Alijares Viognier 2010: Um Viognier leve, não muito floral, com notas cítricas, pêssego e pera, que sozinho estava meio fraco, mas que ganhou acompanhando o prato. Eu, que gosto muito da Viognier de Condrieu, achei meio aguadinho... 

Finca los Alijares Syrah/Petit Verdot 2008: Vinho feito com 50% de cada casta, as quais são vinificadas separadamente. Estagia 5 meses em barricas de carvalho. Vinho denso, com notas de frutas maduras, especiarias e balsâmicas. Além disso, possui boa mineralidade, que junto com as notas balsâmicas remeteu a vinhos do Priorato. Em boca é redondo, agradável, com taninos bem corretos. Uma boa surpresa, que pelo preço (~50 reais), é uma ótima pedida. Para brigar fácil com argentinos e chilenos na mesma faixa. Recomendo! Imagino que seu irmão mais velho (e mais caro) Crianza, deve ser muito bom.

Finca los Alijares Moscatel Blanco 2010: Um vinho de sobremesa leve, com notas cítricas e boa acidez. Mas a meu ver poderia ter mais corpo.

Bem, e os vinhos acompanharam um belo jantar preparado pelo Chef Jérôme Dardillac. Abaixo coloco fotos de alguns pratos. Esqueci de fotografar o ótimo Carpaccio de jacaré com castanha da Amazônia tostada e espuma de coentro, que estava ótimo e fez par perfeito com o Crémant.

Beiju de Pato no Tucupi
Duo de Mousse de Cupuaçu e Chocolate com Renda de Castanha








2 comentários:

  1. Flavio sou fissurado nesse produtor. Tente provar também o Pinot Gris 2004, altamente evoluído. Ontem tomamos o cremant dele (muito bom) junto com 02 Dagueneau: Buisson Renard 2007 e o Jurançon dele Jardins de Babylone. Coisas seríssimas.

    Abraço

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    1. Grande Eugênio,
      Eu gostei bastante desses primeiros vinhos que experimentei do produtor e quero experimentar logo outros. Vou na sua dica, do Pinot Gris. Rapaz, que beleza os Dagueneau, hein? Maravilha!
      Abraços,
      Flavio

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