terça-feira, 25 de outubro de 2011

Excursão ao novo mundo na casa do amigo Carlos André

Neste último sábado me juntei aos amigos Akira e Carlos André para um jantar na casa deste último. O jantar foi regado a vinhos, em sua maioria, do novo mundo. O único do velho mundo foi o ótimo Palácio da Bacalhoa 2007, que já nos foi anteriormente ofertado pelo Akira e comentado aqui no blog (clique aqui). Desta vez ele descansou por mais tempo em decanter e pode mostrar ainda mais as suas qualidades. É quase um Bordeaux, que deve ganhar muito com alguns anos em adega. O Carlão e Akira também apreciaram um Notas de Guarda 2002, da chilena Santa Helena, também decantado. Eu declinei. Isso por que confesso não ser fã deste vinho, por achá-lo muito amadeirado. Já comentei sobre ele aqui no blog também (clique aqui). Não é perseguição ao Notas, mas uma questão de gosto. Apesar de gostar de vinhos potentes de vez em quando, ele supera um pouco meu limite para potência, principalmente pela madeira. Mas como eu mencionei, é uma questão de gosto. Conheço diversas pessoas que gostam muito dele.
Eu levei um vinho que já havia apreciado com o pessoal da confraria, o sulafricano Stellenbosch Hills 1707, de 2007 (para minhas impressões, clique aqui). O vinho é bastante frutado e com madeira presente. Exala notas de tabaco doce e chocolate. Um bom vinho, que agradou aos amigos Akira e Carlos.
Os outros dois vinhos apreciados foram duas novidades para mim. O primeiro foi o americano RedTree Petite Sirah 2009. A Petite Sirah é também conhecida como Durif. Aliás, essa é mais uma confusão no mundo do vinho, pois isso só foi identificado nos EUA por exames de DNA. A Petite Sirah (assim mesmo, com "I" não "Y") é um cruzamento entre Peloursin e Syrah.  O vinho em questão era fácil de beber. Em geral, a Petite Sirah gera vinhos mais potentes, este não estava tanto. Ao nariz, notas de frutas compotadas, geléia e baunilha. lembrava até a Bonarda. Em boca era bem resolvido, com taninos redondos e levemente doces. Um bom vinho.
O último vinho foi também um americano, o Leese-Fitch Cabernet Sauvignon 2008. Embora a Cabernet Sauvignon seja majoritária, parece que o vinho tem pitadas de Syrah, Tempranillo, Alicante Bouschet e Petite Sirah . Ao nariz o vinho mostrava inicialmente poucas características da Cabernet Sauvignon. Mas com o tempo foi se abrindo e melhorou bastante. Notas de cassis, groselha e baunilha. Eu achei esta última um pouco exagerada, o que é normal em vinhos dos EUA. Em boca tinha um herbáceo diferente, que contrastava com o doce do nariz. Ficou bem melhor acompanhando o Filé ao Molho Pavarotti do Ciao Bello.

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