quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Montes Alpha Pinot Noir 2007


Ontem a noite estava fria, muito fria, e não teve jeito: tive que abrir uma botella de vinho. O eleito foi um Montes Alpha Pinot Noir 2007. Acho que até errei na escolha, pois a noite pedia um vinho mais "quente", mas a vontade era de tomar um Pinot Noir. Bem, mas vamos ao vinho. Ele é feito com uvas do Vale do Leyda, que foram maceradas a frio por 7 dias e então fermentadas. Sessenta por cento do vinho estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês (20% novas), e os outros 40% ficaram sem madeira, para manter as características da casta. O vinho tem uma cor rubi bonita, mas escura que o normal, ou seja, típica de Pinot de novo mundo. Os aromas são dominados pelo morango, com um pouco de cereja, baunilha e um toquezinho terroso. Em boca é do tipo maduro, meio doce, o que cada vez me agrada menos em Pinot Noir. O final de boca tem um leve amargor e um toque metálico. A acidez é boa, até melhor que a do 2008, que já comentei aqui no blog. Bem, eu já apreciei algumas vezes este vinho, que já na primeira vez me passou uma impressão muito boa. Mas confesso que já gostei mais dele. Realmente é um bom vinho, mas ainda não atingiu o padrão de excelência dos Montes Alpha Cabernet, Merlot e Syrah. Além disso, ainda precisa melhorar para se comparar aos vinhos dos compatriotas Villard e Casa Marin. Eu acho que estes últimos expressam melhor as características da bela Pinot Noir.
Os franceses sempre dizem, até com certo exagero, que Pinot Noir fora de Borgonha é tudo, menos Pinot Noir. No entanto, isso não significa que não existam bons Pinot fora da Borgonha. As características é que são distintas. Recentemente, ao apreciar o brasileiro FVLVIA Garagem 2009, de Marco Danielle (Tormentas) notei que isso pode mudar. Eu semprei achei que os Pinot Noir da Nova Zelândia fossem os que mais se aproximassem dos borgonheses (por isso gosto deles), mas o FVLVIA foi sem dúvida o Pinot Noir produzido fora da Borgonha que mais me lembrou os vinhos daquela terra abençoada. Estou ansioso à espera do 2011, que adquiri en primeur com um belo desconto.

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