quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vini Vinci 2011 - um pouco de Itália, França e Hungria



A Itália sempre está bem representada no Vini Vinci. Eu estava curioso para visitar o Argiolas, da Sardegna. É uma vinícola colecionadora de tre bicchieri. São todos vinhos gastronômicos, com acidez e taninos presentes. No entanto, eu só comecei a gostar prá valer a partir do Is Solinas 2006, que é um vinho baseado em Carignano. O vinho é encorpado, com frutas compotadas e boa acidez. Os taninos estão presentes e devem arredondar com o tempo. O Turriga 2006, top da vinícola, já é de outro nível. Este gostei muito. Vinho feito majoritariamente com a uva Cannonau, que é a mesma Garnacha da Espanha, mas também conta com as uvas Bovale, Carignano and Malvasia Nera. O vinho tem ótima acidez, mineralidade, com notas de cassis, chocolate meio-amargo e tabaco. Um belo vinho. 


Mas a Argiolas nos reservava um colheita tardia delicioso, o Angialis, considerado um dos melhores vinhos de sobremesa da Itália. Ele é feito com a uva Nasco e uma pitadinha de Malvasia di Cagliari. O vinho, de cor âmbar, era denso, com notas de doce de abacaxi, mel e amêndoas. Uma delícia! Só faltou um queijo azul para nos deleitarmos.
Ainda nos italianos, gostamos muito do Pinot Nero La Pineta, de Podere Monastero, embora eu ache que lhe falta tipicidade da Pinot Noir. Ali do lado, gostei do Feudi del Pisciotto Versace Nero D`Avola. Vinho gastronômico, potente, com boa acidez e fruta madura (mas sem exagero de alguns Neros). Perfeito para uma massa com molho vermelho forte. 


Sr. Massimiliano e o Rupe Ré
Mas confesso, minha grande surpresa italiana foi parar no estande da Cavit, de Trentino-Alto Adige. Os vinhos são de excelente custo benefício. Acredito que inigualáveis no evento. O espumante Accento Brut (do Veneto), feito com Chardonnay e Pinot Bianco é uma delicia! Muito fino e refrescante. O Pinot Grigio também estava uma delícia, bem mineral. Os tintos, também muito bons. O Norico Rosso, corte de Teroldego, Lagrein e Merlot, tem boa fruta e mineralidade. Muito bom pelo preço. O Collection Merlot é de uma sedosidade incrível e o Teroldego é muito gostoso. O top Quattro Vicariati Rosso, um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, é um vinho austero, concentrado, muito bom. E para terminar, apreciamos ainda um vendimia tardia delicioso, o Rupe Ré. Vinho com acidez e doçura na medida certa. Entre os melhores. Quer comprar vinhos muito bons, a bom preço? Cavit sem dúvida é uma bela escolha.

Passando para a França, fomos degustar os vinhos da Chanson Pére e Fils, hoje propriedade da Bollinger. O bourgogne genérico branco dá o cartão de visita do produtor. É muito bom para um vinho de entrada. Agora o Chassagne Montrachet estava demais. Vinho mineral, profundo, com notas de pêssego, flor de laranjeira e torta de limão. Vinho cremoso. Uma delícia! Nos tintos, o Mercurey estava muito bom e o Premier Cru Beaune Clos du Roi 2005, estupendo. Complexo, com notas de cassis, cereja e minerais. Como eu queria te-lo apreciado em uma taça grande, para borgonhas, bem tranquilo, beliscando um bom queijo suave. O amigo Richard o preferiu ao Chambolle Mussigny, que também estava excelente, com notas terrosas, de framboesa e com final bastante persistente. Bem, borgonha é borgonha!

E para terminar, tenho que citar as taças de Tokaji 5 e 6 Puttonyos da Hetszölö, ambos da safra de 2001. Os dois possuem notas de laranja e damasco deliciosas. Mas o 5 Puttonyos tem um pouco mais de acidez que o 6 Puttonyos. No entanto, a diferença entre ambos é muito sutil. Dois vinhos excelentes!

Bem, está na hora de eu parar de escrever sobre o Vini Vinci! Até o próximo evento!

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