sábado, 21 de maio de 2011

Montes Alpha Merlot, Crozes-Hermitage E.Guigal e Lisciotto 2009 (de São Carlos!)

Nesta última quinta-feira apreciamos um Montes Alpha Merlot 2007, levado pelo amigo Tom, que estava muito bom. Os Montes Alpha Cabernet, Pinot Noir e Syrah são figurinhas carimbadas em nossa confraria, mas o Merlot não. Por isso, o vinho chamou a atenção, positivamente. Bem, Montes Alpha é sempre certeza de agradar pela sua qualidade e ótimo custo benefício. Este Merlot estava muito redondo, com boa fruta e notas de pimenta-do-reino que davam lugar, em boca, ao chocolate com leite. Um vinho muito agradável, sedoso, bordalês e dentro do padrão Montes. Compra certa!
Em seguida ao Merlot, apreciamos um Crozes-Hermitage 2005, de E.Guigal, levado pelo amigo João Paulo. Crozes-Hermitage fica no outro lado da colina de Hermitage, no norte do Rhone, e é como se fosse uma "sombra" dos grande Hermitages. No entanto, mesmo os melhores Crozes ficam bem distantes dos Hermitages. E.Guigal é um dos melhores produtores do Rhone, famoso tanto pelos seus Hermitage quanto pelos Cote Rotie, sempre bem pontuados (seu La Landonne 1985 teve 100 pontos da WS, o 2005, 99 pontos, e ai vai...). Este Crozes-Hermitage 2005 não foi bem recebido... Tinha um aroma doce, com notas de groselha, muito madura, mas também um aroma meio estranho de cebola, que se repetia em boca. Para mim, estava cozido e não representou a qualidade E.Guigal. Bem, isso acontece. Tenho certeza de que gostaremos de um próximo.

Bem, mas a surpresa veio ao final da noite. Nosso amigo Rodrigo levou um vinho embrulhado e que todos gostamos. O Paulão matou na hora a uva, só no cheiro: Syrah. Pela cor, frescor e aromas florais, pensei se tratar de um corte GSM (Grenache, Syrah e Mourvedre). Não se tratava de um Syrah Chileno ou Australiano, geralmente carregados na cor, chocolate e na fruta madura (não que estes não tenham bons, e até magníficos, exemplares... mas eu gosto mais dos Syrah do Rhone, mais ácidos, mais frescos e menos compotados). Em boca, vimos logo se tratar de um vinho muito jovem, e os taninos pegaram bastante. A acidez, no entanto,  é boa e o vinho é bastante fresco. Deve melhorar muito com tempo de adega. Está mais para Syrah do Rhone que para aqueles do novo mundo. A surpresa veio ao desembrulhar a garrafa. Tratava-se de um vinho feito em São Carlos, pelo Advogado (e Juiz aposentado) Dr. Antero Lisciotto, que há tempos planta Syrah e investe com carinho na produção de vinhos na Capital da Tecnologia. Ficamos muito felizes em ver um vinho desta qualidade sendo produzido aqui em nossa cidade. Parabéns Dr. Antero!

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